terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Bola com propaganda de Agnelo

BRASÍLIA - O governo do Distrito Federal (GDF) pretende comprar até 26.841 garrafas térmicas, ao custo de R$ 972,8 mil, para aparelhar 77 órgãos da administração local. A licitação, revelada sexta-feira pela Rádio CBN, é mais uma da lista de compras polêmicas do GDF, que inclui a aquisição, já cancelada, de capas de chuva para serem usadas na época de seca. Nesta segunda, uma bola de futebol com imagens da campanha de 2010 do então candidato ao governo do DF Agnelo Queiroz foi levada ao Estádio Mané Garrincha, que receberá sete jogos da Copa.


A bola estava na sala onde o governador, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, deram entrevista. A Coordenadoria de Comunicação para a Copa disse que a bola foi levada por Isolino Pereira, beneficiário de um programa social do GDF que queria dá-la a Agnelo.
A coordenadoria disse que foi um ato isolado de Isolino, sem conhecimento prévio e autorização do governo do DF. O programa social é vinculado à Secretaria Extraordinária da Copa; assim, segundo o GDF, Isolino entrou no estádio usando seu crachá funcional.
No caso das garrafas térmicas, o pregão foi feito sexta-feira e envolveu quatro modelos, além de outros 23 itens de copa e cozinha, como panelas e talheres.
Em nota, o GDF informou que o pregão tem o objetivo de fazer uma ampla consulta de preços, não prevendo a compra imediata dos materiais. Durante 12 meses, os menores preços oferecidos ficam registrados. Nesse prazo, os produtos poderão ser comprados caso sejam necessários e haja recursos disponíveis.
“O quantitativo dos materiais previstos no pregão atenderá não apenas às atividades administrativas dos órgãos e entidades do GDF, mas também à prestação dos serviços públicos de responsabilidade desses órgãos junto à população. Entre as unidades estão incluídas aquelas que realizam atendimento à população, como as unidades de Saúde, as 656 escolas, as unidades do sistema prisional, as unidades da Secretaria de Desenvolvimento Social, que atendem à população em situação de vulnerabilidade social, dentre todas as outras atividades que compõem a rede de atendimento dos órgãos e entidades do GDF”, diz a nota.
Em abril de 2013, entre os gastos com segurança para a Copa de 2014, o GDF reservou R$ 5,35 milhões para a compra de capas de chuva que seriam usadas por policiais militares. A Copa será disputada entre 12 de junho e 13 de julho, época de seca na capital federal. O GDF justificou a compra: disse que as capas e demais equipamentos adquiridos não seriam usados só na Copa.
No dia seguinte à revelação da aquisição, o governo cancelou a compra e exonerou o então comandante da PM do DF, Suamy Santana. Nota divulgada na época dizia: “O governador Agnelo Queiroz decidiu trocar o comando da Polícia Militar do Distrito Federal por considerar um ato desmedido a inclusão da compra de 17 mil capas de chuva na licitação de aquisição de equipamentos policiais para as copas das Confederações e do Mundo”.
Outra polêmica envolvendo o GDF foi o aluguel de um jatinho para o governador percorrer o país. Em novembro de 2013, após a repercussão do caso, Agnelo cancelou a licitação. O GDF pretendia pagar anualmente R$ 1,371 milhão para ter um jatinho disponível para viagens. O edital previa que deveria ser fornecida uma sala VIP para acomodação dos passageiros e serviço de embarque no aeroporto de Brasília. Também deveria ser oferecido serviço de bordo, com “sucos, tábua de frios, almoço, jantar, sobremesa, prato de entrada”.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/bola-com-propaganda-de-agnelo-surge-em-evento-da-copa-11633769#ixzz2thCTt3sm
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