País tem usado mais energia térmica, que é mais cara.
'Não dá para saber se vai ser passado alguma coisa para tarifa ou não'.
"Não sabemos qual vai ser o regime pluviométrico de 2014. Começou a
chover em algumas partes do país. O regime hidrológico só dá para saber
em abril, quando termina a fase úmida. Não dá para saber até abril se
vai ser passado alguma coisa para tarifa, ou se não vai ser passado",
declarou o ministro.
Desde o final de 2012, o país vem utilizando mais energia gerada pelas
termelétricas por conta do baixo nível dos reservatórios de
hidrelétricas. A operação das térmicas ajuda a poupar água dessas
represas, mas tem um custo maior, que normalmente seria repassado às
contas de luz.
No ano passado, o governo decidiu emprestar aos consumidores os
recursos para bancar o uso das térmicas e parcelar essa dívida em até
cinco anos – só em 2013, foram R$ 9,5 bilhões. A primeira parcela
deveria vir nos reajustes das distribuidoras agora em 2014, mas, segundo
a Aneel, o governo optou por não fazê-lo neste ano.
Só que a regra prevê esse empréstimo apenas pelo uso das térmicas até o
final de 2013. Em 2014 essas usinas continuam operando em carga máxima e
o governo ainda não decidiu se vai manter o financiamento. Se não o
fizer, o custo será repassado aos consumidores.
Déficit na CDE
De acordo com a Aneel, o governo desistiu de iniciar a cobrança pelas térmicas em 2014 devido à expectativa de que as tarifas já seriam impactadas por um déficit de R$ 5,6 bilhões estimado para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo do setor que financia diversas ações, entre elas o programa Luz para Todos e o pagamento de indenizações para as concessionárias que aderiram ao plano para baratear a conta de luz, aplicado no início de 2013.
De acordo com a Aneel, o governo desistiu de iniciar a cobrança pelas térmicas em 2014 devido à expectativa de que as tarifas já seriam impactadas por um déficit de R$ 5,6 bilhões estimado para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo do setor que financia diversas ações, entre elas o programa Luz para Todos e o pagamento de indenizações para as concessionárias que aderiram ao plano para baratear a conta de luz, aplicado no início de 2013.
Esse déficit de R$ 5,6 bilhões na CDE foi apurado apesar de um aporte
de R$ 9 bilhões do Tesouro já previsto para 2014. Portanto, se não
quiser transferir essa conta para o consumidor, o Tesouro terá que
injetar mais recursos no fundo.
"Se vai ser menor ou maior [do que R$ 9 bilhões], temos de aguardar para ver", declarou Guido Mantega nesta quarta-feira.
O ministro acrescentou que o governo vai olhar as contas com "calma e
tranquilidade". "Temos recursos para enfrentar os primeiros meses. São
R$ 9 bilhões. Temos uma reserva que nós antecipamos para fazer frente
aos primeiros meses", acrescentou o ministro da Fazenda.
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