domingo, 16 de fevereiro de 2014

Em 2050, 40% dos idosos dependerão das famílias para sobreviver


Fonte: Correio Braziliense

Bárbara Nascimento
Guilherme Araújo
 Quase 1% do Produto Interno Bruto é usado para pagar a aposentadoria de trabalhadores rurais e urbanos que não contribuíram para a Previdência Social. A estimativa é que esse valor triplique nos próximos anos.
 E não foi por falta de trabalho. Seu Raimundo fez de tudo um pouco ao longo da vida: foi sapateiro, alfaiate e funcionário em uma loja de tapeçaria e confecção de sofás. E muitos bicos. Para o Instituto Nacional de Previdência Social (INSS), ele contribuiu por apenas cinco anos, época em que conseguiu empregos com carteira assinada. Hoje, a rotina do seu Raimundo inclui passeios na pracinha do bairro em que vive, onde vários idosos se reúnem todos os dias, e cafés na padaria. “Moro só. Minhas condições físicas me impedem de cozinhar em casa. Minhas refeições são em lanchonetes e restaurantes. Por conta disso, os gastos são grandes”, observa.


A falta de recursos da parcela da população que chega à terceira idade é motivo de preocupação não só das autoridades brasileiras. Em toda a América Latina e Caribe, a taxa de pobreza entre os idosos é de 19,3% e no Brasil, de 3,5%. A tendência é piorar: o índice de idosos brasileiros que não poderão financiar uma aposentadoria contributiva em 2050 poderá chegar a 40%. Esses dependerão do governo ou de suas famílias para sobreviver.

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