Fonte: Tecnologia e Defesa
O primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear deverá estar
pronto em 2023, segundo o almirante-de-esquadra Gilberto Max Roffé
Hirschfeld, coordenador-geral do Programa de Desenvolvimento de
Submarinos (Prosub), criado em 2008 a partir de um acordo de cooperação e
transferência de tecnologia entre o Brasil e a França. Hirschfeld deu a
informação durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores
e Defesa Nacional (CRE). Além do submarino nuclear, o programa sob a
responsabilidade da Marinha do Brasil prevê ainda a construção de quatro
submarinos de propulsão convencional (diesel-elétricos).
Encontram-se em obras na atualidade uma base naval e um estaleiro, em
Itaguaí, no Rio de Janeiro, para atender a esse planejamento. Com custo
estimado em cerca de R$ 21 bilhões, em todas as suas etapas, o Prosub
tem amplo potencial para irradiar conhecimentos e capacitação em favor
dos centros de pesquisa, das universidades e da indústria brasileira.
Até a sua conclusão, o Prosub deverá gerar 9 mil empregos diretos e
outros 32 mil indiretos. Os investimentos projetados para o Prosub no
orçamento federal de 2014, quase R$ 2,5 bilhões de reais, estão um pouco
aquém do necessário, mas fontes da Marinha se mostram confiantes de que
o governo fará as complementações necessárias.
O
secretário-geral do Ministério da Defesa, Ari Matos Cardoso, também
participou da audiência. Ao reconhecer a necessidade de mais recursos
para o setor, ele ressaltou os esforços do atual governo. De 2003 até
2007, "antes da aprovação da Estratégia Nacional de Defesa, as
necessidades do setor foram atendidas em 35% do que foi solicitado". No
período de 2008 a 2013, no entanto, esse percentual foi aumentado para
65% evidenciando, de acordo com Ari Matos, o empenho do governo para
aumentar os investimentos em projetos como o Prosub.
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